Piratas modernos e comunidades no mar

Veleiros colectivos encontram-se em Lisboa para rumar a sul

O Albarquel, retirado da água num estaleiro da Moita, vê um buraco aberto à martelada na proa. O Carina, tão perto de chegar a Lisboa, não pode senão aguentar ao largo que a tempestade amaine. O Tupamaro, sem cartas marítimas, encalha sucessivamente nos fundos lodosos da margem sul.

As aventuras de três singulares veleiros cruzaram-se em dezembro na foz do Tejo, e Lisboa voltou a ter traços de cidade pirata. Dia 22, solstício de inverno, as três tripulações juntaram-se no GAIA em Lisboa, onde se falou de projectos de vela alternativos.

“Velejar… um hobby de luxo para os privilegiados?”, questionava o convite para o jantar-conversa ‘Piratas modernos e comunidades no mar’. “Cada vez mais projectos e pessoas têm descoberto na vida no mar uma alternativa à sociedade consumista e uma experiência de autonomia e liberdade. Recuperam-se veleiros moribundos, içam-se velas, parte-se sem pressa, derrubam-se fronteiras, experimentam-se formas de vida comunitária e em harmonia com a natureza.”

Continue reading Piratas modernos e comunidades no mar

13 de Julho: Jantar Popular do GAIA “Comes e Curtas”

Na próxima Quinta-feira, dia 13 de Julho, juntem-se a nós na Rua da Regueira 40 em Alfama para um serão veranil com “comes e curtas”!

O jantar vai para a mesa pelas 20 horas e vamos ver os filmes de Daniele Grosso* às 21h30. Quem quiser ajudar é bem-vindi a partir das 18 horas.

* Ciência sim, silêncio não (15″) + Reluz (10″)

O que é o Jantar Popular?
– Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
– Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
– Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
– Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
– Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
– Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
– Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.

29 de Junho: Pedalar no Verão, Grande Encerramento da Recicleta

Pedalar no Verão >>> Grande Encerramento da Recicleta,  com Filme e Jantar Popular >>>>

5ª feira, dia 29 de Junho de 2017

18H – Preparação do jantar; 20H – Jantar; 21H30 – Filme

Ciclovida é sobre bicicletas e a luta contra os combustíveis fósseis, as sementes naturais e a luta contra o agronegócio, duas coisas que têm feito parte do dia-a-dia do GAIA. Fala de 5000 km de autonomia, causas e relações, de uma nova relação com a Terra e dos afectos que, afinal, fazem mover o mundo, em direcção oposta à do dinheiro!

Com este documentário despedimo-nos da Recicleta até Setembro e antevemos os km para pedalar e viajar este verão!  **

Ivana e Inácio, os anti mas super-heróis deste filme.

** Uma citação para alegrar:
“A bicicleta é um invento da mesma geração que criou o veículo a motor mas as duas invenções são símbolos de avanços feitos em direções opostas pelo humano moderno. A bicicleta permite a cada  um controlar o emprego da sua própria energia; o veiculo a motor, inevitavelmente, torna rivais entre si os utentes, por causa da energia, do espaço e do tempo” Ivan Illich, 1975, Energia e Equidade, pp. 71 e 72.

**************

O que é o Jantar Popular?

– Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
– Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
– Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
– Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
– Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
– Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
– Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.

Sexta-feira dia 9 de Santos: Festa do SANGAIA em Alfama – Os Santos devem estar loucos!

Sexta-feira dia 9 de Santos, noite de lua cheia e prenúncio de Sto. António, reunimo-nos para celebrar Sangaia, santa pagã e secular, que nunca teve forma humana, nem existência histórica, mas que é guardiã de uma mensagem, querida de todos os corações festivos.

O GAIA convida devotos, leigos e simpatizantes de Sangaia a brindar a um mundo sem engenhocas genéticas e financeiras ao serviço de multinacionais extractivistas e venenosas, que destroem a natureza nas suas formas originais, e condenam pobres e outros seres indígenas a uma existência marginal e sem futuro.

Animados pela mensagem da Santa, teremos petiscos veggie, a poção mágica sangaia—biológica e em várias cores, com e sem espíritos—e ainda cerveja local, tudo isso sem plásticos, para promoção de um consumo de impacto mínimo em desperdícios materiais e energéticos.

Vindes daí adorar a SANGAIA, na nossa humilde mas “ecolojusta” barraca na Rua da Regueira 40, Alfama, para juntis resistirmos ao lado decadente dos Santos Populares!

Bem-vindis peregrinis, a partir das 18 horas!

 

Poster do SANGAIA para ajudares a divulgar!

3º Encontro da Sementeca do GAIA: preparar a recolha de sementes

No Sábado, dia 24 de Junho, reunirmo-nos-emos para mais um Encontro da Sementeca do GAIA em Alfama. Desta vez, para além do já habitual convívio e empréstimo de sementes, vamos aprender a preservar as sementes das nossas plantas de verão com os Círculos de Sementes.

A Frederica e a Pepa lançaram a rede de Círculos de Sementes após o apelo da activista pela soberania alimentar e da semente, Dr. Vandana Shiva, em 2012. Desde então não têm tido mãos a medir, aliás, todas as suas mãos vão para a terra! Têm ensinado as técnicas milenares de preservar sementes de cultivo para além da prática de horticultura biológica e preceitos agro-ecológicos. No dia 24 de Junho partilham connosco a sua rica experiência entre as 14 e as 18 horas.

Cá vos esperamos!

Jantar benefit – Projecções – Conversa sobre as intersecções entre o transfeminismo e o anti-especismo

Na véspera da Concentração pela Abolição dos Matadouros 2017, no dia 2 de junho, organizaremos no GAIA, em Lisboa, um jantar benefit vegano, uma projecção de vídeos, assim como uma roda de conversa sobre as intersecções entre o transfeminismo e o anti-especismo.

Estas actividades serão não-mistas: excluem homens cishetero e serão apenas abertas a mulheres, cis e trans, pessoas queer, pessoas não-binárias e outras identidades e corporalidades dissidentes.

02.06.2017 | GAIA | Lisboa (actividades não-mistas)
20h00 | Jantar benefit vegano*
21h30 | Projecção do teaser do MUTA – documentário transfeminista-antiespecista (Estado Espanhol)
22h00 | Roda de conversa :: Transfeminismo e Anti-especismo

* Contributo livre – sugestão: 3,50.
Jantar isento de glúten.

(i) Condições de acessibilidade:

Em termos de acessibilidade a pessoas com diversidade funcional, convém referir que a saída mais próxima do metro Santa Apolónia dispõe de elevadores para a superfície. Da saída do metro até ao Gaia (Santa Apolónia > Rua do Tabaco > Rua dos Remédios > Rua da Regueira) a distância é de cerca de 600 metros (500m planos + 100m a subir), o acesso é feito pela estrada ou pelos passeios (em calçada com piso muito irregular), que apresentam pouca largura e uma inclinação acentuada.
Infelizmente, o espaço desta actividade é de acessibilidade reduzida: embora esteja situado num rés-do-chão, não tem rampa nem as casas de banho estão preparadas para pessoas com diversidade funcional, sendo a largura dos mesmos convencional e não existindo barra lateral de apoio nem uma largura suficiente das portas que permita a manobralidade de cadeiras de rodas, por exemplo.

(ii) Lista Solidária com xs presxs políticxs:

Durante todas as acções da Rata Dentata, teremos disponíveis zines, panfletos e outros materiais sobre (anti)especismo, carnismo, libertação animal, anarco-queer, interseccionalidade, etc. Além disso, em todas as acções previstas, disponibilizaremos uma Lista Solidária que compilará informação sobre algumxs activistas que se encontram presxs actualmente, quer a nível nacional quer a nível internacional, bem como apresentará instruções sobre como lhes endereçar cartas de apoio. Queremos que esta lista seja usada para materializar formas de apoio mútuo e de solidariedade imprescindíveis à coesão e força da nossa Resistência, ao visibilizar e reconhecer devidamente xs presxs políticxs das várias causas por que todxs nos batemos.

Mais info:
Website: https://stopabattoirs.org/2017-edition
Fb page: https://www.facebook.com/ratadentata/
Fb event page: https://www.facebook.com/events/650712848446119/
Email: ratadentata@riseup.net
Blog: https://ratadentata.wordpress.com/

 

Comunicado imprensa: Líder Guarani-Kaiowá visita Portugal para denunciar genocídio dos povos indígenas no Brasil

Comunicado de imprensa
Líder Guarani-Kaiowá visita Portugal para denunciar genocídio dos povos indígenas no Brasil

Lisboa, 31 de Maio de 2017—O Cacique Ládio Veron vai estar durante os próximos dias 3 a 8 de Junho em Portugal, para denunciar o genocídio, etnocídio e perseguição por parte do Estado brasileiro e buscar apoio à luta dos povos Kaiowá e Guarani pelos seus direitos e pelas suas terras.

O líder indígena marcará presença em eventos no Porto (Dia Mundial do Ambiente), na Assembleia da República, na Universidade de Coimbra e em diferentes associações, testemunhando o drama que vivem os índios Guarani-Kaiowá e outros povos do país—desprezados pela classe política, atacados pela polícia militar e assassinados pelos grandes latifundiários.

No estado do Mato Grosso do Sul, enquanto o agro-negócio soma lucros, as tribos indígenas sobrevivem em pequenos terrenos cercadas por monoculturas de soja, milho e açúcar. Lutam pelo direito a uma pequena parte das suas terras (cerca de 9 mil hectares, 2% do estado), de onde foram expulsas a partir de 1492. O território foi reservado na constituição brasileira, mas de seguida invadido e ameaçado pelos fazendeiros, com apoio dos militares. Esta é a região brasileira com maiores índices de violência contra os povos indígenas—nos últimos 15 anos já terão sido assassinados 400 índios.

“Aquilo que os europeus comem está misturado com o sangue dos índios. Os europeus devem saber como estão a destruir as nossas florestas, a poluir a nossa água e como nos assassinam. É a nossa sobrevivência que está em jogo”, denuncia Ládio Veron.

Segundo os organizadores da viagem, o Brasil vive hoje um momento histórico que pode ser considerado um dos piores das últimas décadas. Desde o golpe da elite brasileira em conluio com multinacionais e a tomada do poder por Michel Temer, ficou impossível qualquer diálogo com o Estado brasileiro, mais neoliberal e capitalista do que em qualquer época. O objectivo da viagem é de dinamizar uma rede europeia de solidariedade.

Ládio Veron repete assim a viagem que o seu pai, Cacique Marco Veron, fez à Europa em 2001—antes de ser assassinado pelos fazendeiros em frente à própria família. A visita a Portugal marca o fim dum périplo de esperança que percorreu doze países europeus, encontrando representantes políticos e dos movimentos sociais. A viagem é organizada pela iniciativa cidadã “Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus” e tem o apoio de associações e ONGs de toda a Europa.

Agenda do Cacique Ládio Verón em Portugal:
>> 3 de junho, 18h30 conversa na Fábrica das Alternativas em Algés https://www.facebook.com/events/377334659334768/
>> 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, espaço PAN Porto, apresentação e debate  “O agronegócio e a resistência dos povos indígenas” https://www.facebook.com/events/1873949326177325/
>> 6 de junho, 15h00, seminário “Aonde nos leva tanta violência? Lutas e Resistências dos Povos Indígenas das Américas: Guarani Kaiowa e outras experiências”, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra http://www.ces.uc.pt/pt/agenda-noticias/agenda-de-eventos/2017/aonde-nos-leva-tanta-violencia/apresentacao
>> 7 de junho, recepções na Assembleia da República pelo deputado do PAN André Silva 11h00 e pelo deputado do Bloco de Esquerda José Manuel Pureza 14h00
>> 7 de junho, 20h00, Jantar Popular, apresentação e debate no GAIA em Lisboa https://gaia.org.pt/2017/05/26/jantar-popular-lutas-dos-povos-indigenas/
>> 8 de junho – recepção pela Comissão do Ambiente na Assembleia da República

Mais informação:
https://www.facebook.com/Cacique.Ladio.Veron.Portugal/
https://www.facebook.com/viagemladioveron/

Contactos
António Pedro Dores (CIES/ISCTE-IUL), EM antonio.dores@iscte.pt, TM 933 615 537
GAIA-Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, EM lisboa@gaia.org.pt

Jantar Popular do GAIA 7 de Junho: Onde nos leva tanta violência? As lutas dos povos indígenas na América do Sul

 

Na quarta-feira dia 7 de Junho vamos dar destaque à luta dos povos indígenas—como os Guarani-Kaiowá—contra o roubo e destruição das suas terras natais por corporações transnacionais em conluio com muitos dos estados da América Latina
As violações dos direitos básicos destes povos têm sido uma constante nas últimas décadas. Entre os crimes cometidos contra os indígenas constam o genocídio e o ecocídio. Infelizmente as atrocidades cometidas em nome de um lucro fácil têm passado muito despercebidas. Para dar visibilidade à causa dos seus povos e recolher apoios, o cacique Guarani e Kaiowá Ládio Veron está a fazer uma viagem que passa por 12 países da Europa. Ele será o nosso convidado especial. Mais sobre ele e a causa aqui.
 
Quem quiser ajudar na preparação é bem-vindi a partir das 18 horas. Comemos às 20 horas e iniciaremos as apresentações e debate pelas 21 horas.
O que é o Jantar Popular?

– Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
– Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
– Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
– Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
– Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
– Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
– Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.

Grupo de Acção e Intervenção Ambiental