6 de MAIO – Horta com H grande (e Luta com L!) O 2º encontro da Sementeca no GAIA

Sábado 6 de Maio temos Horta com H grande (e Luta com L) no espaço do GAIA em Alfama*!

O segundo encontro da Sementeca vai assinalar a nossa solidariedade com a luta dxs camaradas em São Tomé e Príncipe contra a introdução de milho híbrido e/ou transgénico, um cultivo não nativo das ilhas, cujo processo decorre sem consulta popular ou testes prévios. Ao mesmo tempo vamos também aproveitar o tempo mais quente que se faz sentir e falar sobre a Horta de Verão.

Temos milho, feijão e abóbora – as 3 irmãs! para emprestar na Sementeca e entretanto a Rede de Sementes Crioulas do estado Oeste de S. Paulo (Brasil) trouxe mais variedade à Sementeca. Receberemos ainda camaradas do recém-criado Movimento Pró-Ambiente São Tomé e Príncipe que vão contar sua história e gostariam de aprender com a nossa experiência de luta contra monoculturas destrutivas do ambiente e do tecido social e económico. Vem conhecer isso tudo!

 

Programa:

A partir das 11h cozinhamos as favas que assinalam esta época, tragam as vossas para juntarmos à festa! Vamos ter também panquecas de batata, e outros petiscos da Polónia com a Catarina. Aceitamos voluntariis.

A partir das 13h estará pronto o almoço popular! Para este almoço aceitamos o teu donativo possível.

Entre as 14h30 e 16h00 vamos trabalhar em oficinas paralelas auto-organizadas sobre a horta de verão, sobre a problemática dos transgénicos e híbridos, e ainda técnicas agro-ecológicas de cultivo. Se calhar conseguimos em conjunto criar um cartaz dos cultivos de Maio!

Mesa 1: Origamis – fazer pacotes de sementes e blocos da sementeca.

Mesa 2: Horta de Verão: o que semear e o que colher; rega, truques e dicas;

Mesa 3: Composição de cartaz sobre as 3 irmãs (abóbora; feijão; milho) e de fichas sobre as variedades de milho, feijão e abóbora da sementeca.

Mesa 4: Ponto de informação sobre Transgénicos e a luta pelas Sementes Livres.

Entre 16h00 e 16h30 partilharemos a informação gerada nas várias mesas.

Pelas 17h00 retomamos o plenário e daremos atenção ao caso de São Tomé e Príncipe para ajudar xs camaradas a criar uma estratégia de luta. Vejam mais sobre o que se passa aqui e aqui. Uma camarada entrou em greve de fome há sete dias e precisa do nosso apoio!

Durante todo o dia haverá oportunidade para empréstimo e troca de sementes, e claro o convívio e a música não faltarão. E estamos sempre abertis aos vossos contributos e contentes com a ajuda que possam dar!

Até já na Sementeca!

Vê aqui o relato do 1º encontro

* Rua da Regueira 40, Alfama, Lisboa

Relato da Festa da Primavera / Abertura da Sementeca

No dia 1 de Abril, ao sabor de petiscos e doçarias caseiros e ainda sopa da estação, ao som de uma jam session espontânea, e com a animação alegre de voluntariis do teatro, celebrámos a Primavera e a abertura da Sementeca no GAIA Lisboa.  Leonor, dinamizadora da Sementeca, explicou a ideia por detrás das sementecas—são como bibliotecas mas de sementes, a ideia é emprestar sementes e conhecimentos a quem quiser / precisar, na esperança de que quando tiverem reproduzido estas sementes, venham trazer algumas de volta, e apresentou a proposta de funcionamento da sementeca do GAIA. De forma interactiva com o público presente, esta proposta levou refinamentos e foram discutidas multiplas ideias de dinamização da Sementeca.

Para nosso espanto, uma das animadoras de teatro revelou-se também uma conhecedora da preservação de sementes e acabou por dar uma “aula” improvisada aos muitos interessadis!

Ficou também marcada a data do 2º encontro: 6 de Maio. Os encontros pretendem-se regulares e cada um terá sempre um tema associado e convidadis para partilhar experiências e conhecimentos. Para dia 6 de Maio, o tema será a Horta de Verão.

Algumas imagens do 1º encontro da Sementeca:

 

 

 

Sexta-feira 21 de Abril: Jantar Popular de apoio à marcha pela ciência

O que caracteriza a ciência hoje? Que influência exerce nas sociedades? E o que a influencia retroactivamente? Quem são os seus agentes? Uma comunidade que é normalmente silenciosa vai fazer escutar a sua voz, na marcha de dia 22 de Abril. No GAIA, um dia antes, vamos acolher alguns participantes e interessadis na marcha num debate sobre os problemas da ciência e da comunidade científica, abrindo o mesmo aos das relações de trabalho, questões do método, da verdade e da natureza.

Jantamos às 20h e iniciamos a conversa pelas 21h. Se queres vir ajudar a cozinhar e preparar o espaço, aparece pelas 18h!

“Men of Science living in 1807-8”. John Gilbert engraved by George Zobel and William Walker; print,1862

Num mundo e numa sociedade exponencialmente complexificados, no qual sistemas naturais e humanos dão sinal de degradação, o discurso científico ainda tenta afirmar-se e legitimar-se como fonte de conhecimento, por entre teias e pressões, capaz de servir de meio para a emancipação das lutas humanistas.

Às questões internas relativas à unidade da ciência—as suas metodologias, problemas de aplicação técnica—vão adicionar-se os problemas decorrentes das guerras de conhecimento, da dependência de financiamento público ou privado, ou da influência na decisão política das instituições.

Quais são os desafios que a actividade científica tem hoje, e quais são as suas prospectivas? Deverá o discurso científico ter a primazia ou a supremacia sobre os outros discursos concorrentes que se dedicam ao conhecimento e à realização humana? Como defender o estatuto da ciência num mundo em ebulição? Não sucumbirá aos estímulos financeiros das empresas multinacionais que destroem a natureza e as comunidades indígenas? Como poderá contribuir a ciência para os desafios de construir uma sociedade mais justa e equilibrada? O debate estará aberto em torno destas questões, num esforço de não se reduzir a elas, nem reduzir o problema.

** Mais sobre a marcha pela ciência do dia 22 de Abril

O que é o Jantar Popular?
– Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
– Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
– Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
– Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
– Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
– Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
– Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.

Em Abril, lutas mil: Jantar Popular sobre as lutas camponesas e indígenas pela vida e pelos territórios

Assina aqui a petição para que seja adoptada uma Declaração da ONU sobre os Direitos dos Camponeses

Na segunda-feira 17 de Abril, dia internacional das lutas camponesas, convidamos simpatizantes e interessadis a participarem num Jantar Popular no espaço do GAIA, na Rua da Regueira 40, em Alfama, Lisboa. Depois do jantar será projectado o filme “Berta Vive” (30″), seguido de discussão com a participação das iniciativas Oficina de Ecologia e Sociedade, Marcha Mundial das Mulheres, NOEs, GAIA e Campanha pelas Sementes Livres.

Em 17 de Abril de 1966, 19 trabalhadores rurais sem terra foram assassinados pela polícia militar brasileira em Eldorados do Carajás, no estado do Pará. Morreram na luta pela reforma agrária e pela justa distribuição da terra.

Em Março de  2016, Berta Cáceres, mulher, indígena, lutadora hondurenha, co-fundadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas das Honduras (COPINH) foi assassinada, na sequência da sua luta contra projectos extractivistas transnacionais privados em território Lenca, projectos esses apoiados pelo governo hondurenho.

A criminalização dos protestos, as perseguições e a violência sobre camponeses, trabalhadores rurais, indígenas e activistas ambientais é uma realidade diária, especialmente em territórios vulneráveis e cobiçados pelo agronegócio na agricultura, pelos tratados de livre comércio e pelo modelo neoliberal, patriarcal, colonialista de usurpação de terras, exploração de recursos e destruição de territórios e comunidades.

Por tudo isso, aderimos a este Dia Internacional das Lutas Camponesas, 17 de Abril.

Para lembrar, denunciar, questionar e lutar juntis pela justiça ambiental e social!

Programa
18h: Preparação do Jantar. Quem quiser ajudar é bem-vindi!
20h: Jantar.
21h: Projecção do documentário “Berta Vive” (30”) + Debate com a participação de Oficina de Ecologia e Sociedade, Marcha Mundial das Mulheres, NOEs, GAIA e Campanha pelas Sementes Livres.

Traz sementes naturais para a troca e/ou oferta à Sementeca da Campanha pelas Sementes Livres!

O que é o Jantar Popular?
– Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
– Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
– Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
– Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
– Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
– Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
– Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.