Thanks to Erasmus+ we were able to join forces with the Ulex Project in Spain and offer development opportunities to many of our educators to learn best practices for active citizenship education during 2021 and 2022.




Thanks to Erasmus+ we were able to join forces with the Ulex Project in Spain and offer development opportunities to many of our educators to learn best practices for active citizenship education during 2021 and 2022.
Sinan Eden who is working on climate change shares his reflections about “What would progress look like for the climate justice movement?” , after attending the ” Ecology of Social Movements” course as part of our Erasmus+ project “Accessing Active Citizenship Education for Sustainability”.
Clara Santiago and Joana Soeiro, who are working on climate change, share their learnings about Transformative Collaboration, after attending that course as part of our Erasmus+ project “Accessing Active Citizenship Education for Sustainability”.
Media: https://www.climaximo.pt/2022/03/09/a-revolucao-comeca-ca-dentro-clara-santiago-e-joana-soeiro/
No último ano desenvolvemos um projecto de Erasmus+ com o Projecto “Accessing Active Citizenship Education for Sustainability” no âmbito de educação para adultos. Agora podes ter um vislumbre do que se aprendeu nestes cursos com o recente manual “climate justice resilience”. Esta é uma ferramenta disponível a todas as pessoas, em particular educadoras e facilitadoras que queiram aprender novas técnicas!
O projecto trAEce chegou ao fim dos seus 3 anos de implementação. O GAIA participou sobretudo como mobilizador de conhecimentos sobre a dimensão política da agroecologia e sobre práticas agroecológicas em climas quentes e secos. O projecto criou materiais didácticos disponíveis em
que servirão sobretudo as necessidades das organizações da Europa Central participantes no projeto, estando disponíveis, para além da versão em inglês, nas línguas dos seus países.Para Portugal, estes materiais poderão servir de base ao desenvolvimento de uma formação em agroecologia, a partir da sua tradução e adaptação à realidade portuguesa, algo não previsto durante o decurso do projecto. Entendemos que uma adaptação deverá ser realizada com o envolvimento de organizações que se mobilizam em Portugal pela agricultura familiar, soberania alimentar, agricultura de proximidade, assim como pela economia social e solidária, pela dieta mediterrânica, pelo desenvolvimento rural e também pela formação de adultos, educação-acção e educação permanente.
A participação do GAIA nesta iniciativa potenciou uma grande reflexão sobre: “O que é a Agroecologia?” “Como é que as pessoas agricultoras aprendem?” “Como se organiza o espaço da formação formal para a aprendizagem de um tema sistémico, complexo e específico ao contexto?”
Percebemos que dentro do consórcio trAEce, a posição da organização, fosse enquanto ONG pela justiça ecológica, fosse enquanto instituição académica, e dependendo da existência ou não de ligações à realidade sul-americana ou africana, influenciava o seu entendimento da Agroecologia. Se para o segundo tipo de organização a Agroecologia deve tratar fundamentalmente de “ecologizar” as práticas agrícolas e reverter os impactos ambientais da agricultura industrial, para os primeiros, ela tem o potencial de ser garante do direito a uma alimentação nutricionalmente e culturalmente adequada das populações no seu caminho até à soberania alimentar.
Foi também com este projecto que aprofundamos a nossa discussão sobre a educação agroecológica e levantámos questões às quais gostaríamos de responder, desta vez com parceiros-chave em Portugal. Entre as muitas questões que ficaram em aberto, salientamos:
O GAIA encontra-se agora a definir os próximos passos no seu caminho de co-facilitatação das transições necessárias rumo à transformação de uma sociedade sã e justa, considerando os seres humanos e não-humanos.
Caso queiras conhecer mais ou te queiras envolver nesta próxima fase contacta gaia@gaia.org.pt
Sábado, 15 de Outubro em São Luís
No âmbito da iniciativa Diagnóstico Rural Participativo de Odemira temos o prazer de convidar participantes, residentes e amigos/as do agroterritório de Odemira para o encerramento do projecto com apresentação dos resultados do diagnóstico e reflexão dinâmica sobre os possíveis futuros agroalimentares da região.
A sessão dedicada à agricultura em Odemira conta ainda com os testemunhos de pequenos/ pequenas agricultores/ as e é seguida de almoço.
O programa terá lugar no espaço de aprendizagem regenerativa CO.RE em S. Luís com o seguinte horário:
10h – recepção das pessoas
10h30-11h – Testemunhos da pequena agricultura
11h-11h30 – Devolução dos resultados do Diagnóstico Rural Participativo de Odemira 2022
11h30-11h45 – pausa
11h45-13h –Oficina de co-construção do futuro agro-alimentar de Odemira
Estão também convidades para participar no programa da tarde: Caminhada pelas águas de S. Luís com Sérgio e Carmen Maraschin.
Se quiser participar, por favor inscreva-se
18 de Junho, espaço C.A.R.M.E.N.
Ribeira da Azenha, CP 668, 7645-065, Vila Nova de Milfontes
Esta oficina no âmbito do Diagnóstico Rural Participativo de Odemira é promovido pela associação GAIA com apoio de investigadoras do ICS-ULisboa e destinado a pessoas residentes / activas no território, com destaque para produtores agrícolas e alimentares, representantes do governo local, cooperativas e associações. Tem como finalidade responder às seguintes perguntas:
Programa
9h00-10h00 > Recepção dos/as convidados/as (mesa permanente de refrescos)
10h00 – 10h20 > Boas-vindas
10h20-12h05 > A paisagem e a presença humana no território de Odemira: desenho colectivo de uma evolução
12h15-13h15 > Conversas à mesa: a agricultura que se faz em Odemira
13h15-14h30 > Almoço oferecido no local
14h30-15h25 > Qual é o problema? A escuta dos desafios da produção agrícola em Odemira
15h35-16h30 > A árvore dos problemas: escavar as raízes e olhar os frutos
16h30-17h00 > Plenário final e fecho
Para mais informações contacte lanka@gaia.org.pt ou miguel@gaia.org.pt
Na semana de 25 a 29 de Outubro, o GAIA acolheu em Palmela a equipa internacional da iniciativa ERASMUS + trAEce https://www.traece.eu/ , projecto que visa o desenho de um curso de formação profissional em Agroecologia para agricultores.
Este projecto [2019-2022] é financiado pela Comissão Europeia e pretende facilitar a transição agroecológica indispensável perante as alterações climáticas, a perda de solo, água e da agro-biodiversidade; a concentração de poder, o despovoamento do interior e a pobreza rural; a obesidade ou outras doenças de origem alimentar, a fome e as dietas com base em ultra-processados.
Agroecologia não é só fazer agricultura segundo princípios ecológicos para regenerar os ecossistemas. É sobretudo um modelo de produção e distribuição alimentares com base em relações de justiça e dignidade, numa ruptura com o modelo industrial agro-alimentar e com o sistema económico capitalista que o suporta e vende produtos ao consumidor a baixo preço.
Durante esta semana docentes e investigadoras universitárias, agricultoras, formadores e educadores de adultos do trAEce juntaram-se em Portugal a convite da associação GAIA, parceira portuguesa do projecto, numa formação interna para testar as metodologias planeadas para o curso e conhecer casos de boas práticas.
O programa incluiu sessões de experimentação das técnicas pedagógicas a usar, bem como visitas a locais relevantes para abordar os 6 temas deste curso de iniciação à Agroecologia.
Os membros do grupo, provenientes de países da Europa Central como Hungria, República Checa, Roménia e Áustria observaram, numa visita ao território de Palmela nos primeiros dias, o contraste entre a monocultura da vinha e os solos nus como no deserto, a agrofloresta de sucessão e a captação das águas torrenciais na FINCA EQUILIBRIUM ou a inserção do centro de educação regenerativa BIOVILLA no parque natural da Arrábida. Já a visita do dia seguinte mostrou o exemplo de uma horta altamente produtiva usando princípios regenerativos, com a visita à Horta da Garça, bem como a organização Cooperativa Quinta dos 7 Nomes, em Sintra.
Os últimos dias passados no MONTE MIMO, em Alvalade do Sado e Herdade do FREIXO DO MEIO, em Montemor-o-Novo, mostraram a Agroecologia numa versão mais completa. Não só consideram a dimensão das práticas agrícolas para a produção alimentar, baseadas no estudo das relações entre os vários elementos do ecossistema, criando um sistema produtivo de horta para mercado dentro de um sistema regenerativo de agrofloresta, em pequena escala no MONTE MIMO e em grande escala no FREIXO DO MEIO, como a dimensão económica pelo uso do modelo de organização do negócio em AMAP/CSA – comunidades que sustentam a agricultura, promovendo a solidariedade entre quem oferece e quem procura o alimento. E consideram também a dimensão social pelo modo como se integram nos territórios onde se situam e contribuem para o bem-estar das populações e o equilíbrio das paisagens, para além dos limites da sua propriedade.
Surgiram discussões evidenciando a complexidade do tema e a necessidade de uma visão sistémica sobre a alimentação. Debateu-se se seriam exemplos de agroecologia a regeneração de solos com base em insumos importados e os circuitos de comercialização longos de produtos dos povos em resistência ao modo de produção capitalista. Ou se ainda temos tempo para a sustentabilidade e se um modelo de negócio regenerativo tem uma linguagem acessível para um uso autónomo pelo agricultor pouco escolarizado. E se o modelo AMAP/CSA é realmente rentável a médio prazo ou se está acessível às famílias com trabalhos precários de baixo rendimento e sem tempo disponível para a partilha das responsabilidades da produção / distribuição / captação de membros.
O Curso de Introdução à Agroecologia para Agricultores encontra-se na fase final da sua elaboração. Irá ser testado na Hungria com empresários agrícolas da agricultura convencional que já decidiram que querem mudar as suas práticas. Os resultados da experiência com estes participantes irá informar a versão final do plano de curso. No caso de interesse em participar numa edição ou de apoiar a organização deste curso em Portugal a partir de Setembro de 2022, envie manifestação de interesse para gaia@gaia.org.pt .
Hoje dia 17 de Abril, assinala-se o dia internacional das lutas camponesas, em memória dos 19 trabalhadores rurais sem terra assassinados em plena luz do dia por forças policiais precisamente há 25 anos no estado brasileiro do Pará. Este dia que ficou conhecido como o massacre de Eldorado dos Carajás, marcou o inicio da luta global pelos direitos dos camponeses, pelo acesso à terra e recursos produtivos e pela realização da soberania alimentar. Neste dia relembramos também todas e todos os camponeses/as e trabalhadores/as rurais que em Portugal lutaram pelos seus direitos e foram mortos ou perseguidos às mãos do fascismo. E os que hoje resistem contra os avanços galopantes do capitalismo nos campos. Para assinalar este dia de Primavera Agroecológica, falámos com camponesas e camponeses em zonas de expansão da agricultura industrial, que nos falam dos seus impactos e resistências.