Confluência pela Agroecologia, 20 de Abril, das 14h30-18h30, em Torres Vedras
Vamos, em colectivo, mapear as iniciativas agroecológicas que existem no nosso país e reflectir com a Clara Nicholls e o Miguel Altieri sobre que Rede de Agroecologia queremos construir em Portugal.
Fiquem atentxs, mais informações seguirão em breve.
Conversa a partir das 18h30 e hambúrgueres veganos – @GAIA Alfama
As hortas urbanas têm permitido formas de resistência quotidiana que realizam aquilo que podemos chamar de direito à cidade. Falamos das hortas que espontaneamente ocupam solos mais ou menos marginais da cidade, seja de modo coletivo ou individual. Juntamo-nos no GAIA para uma conversa sobre estas experiências de ocupação camponesa da terra urbana, que produzem alimento e fortalecem espaços autónomos onde a dignidade se cultiva com a enxada e estabelecem -se redes informais em que se pratica a solidariedade, a troca, o convívio e o trabalho coletivo. Na periferia ou margens da cidade florescem hortas não reguladas, mas raramente no centro da cidade, onde o poder político tem imposto a sua política de espaços verdes, não isenta de violência, como pudemos testemunhar em 2013, com a completa destruição da Horta do Monte.Junta-te a esta conversa sobre hortas e espaços de resistência urbana. * Temos sementes livres – para emprestar e trocar. ** Há manifestações pela vida justa (#vidajusta), dia 25 Fev e pelo direito à habitação e à cidade, dia 1 de Abril (#direitoahabitacão). Vamos! *** Os fundos deste jantar-benefit revertem para apoiar a Semana de Ações e Manifestações pelo Direito à Habitação e à Cidade (#HAD2023).
Todos os dias os preços sobem, os despejos de casas aumentam e os salários dão para menos dias do mês. As pessoas estão a escolher se vão aquecer as suas casas ou comer.
Depois da pandemia vieram as guerras e as sanções e com elas a crise social e a ameaça de recessão económica. A crise não parece ter fim à vista.
As pessoas são vítimas de uma sociedade que acha normal pagar mal a quem trabalha. Quando começou a pandemia, a gente dos bairros continuou a cumprir o seu dever, quando muitos recolheram a casa. As trabalhadoras da limpeza continuaram a trabalhar, os dos transportes a manter o país a funcionar, os operários da construção civil a ir para as obras, os trabalhadores dos supermercados continuaram a sacrificar-se por toda a gente.
Todos os dias, vemos os lucros das petrolíferas e das grandes empresas a crescerem, e os salários de quem trabalha a desaparecerem.
O governo está mais preocupado em pagar a dívida pública, ao dobro da velocidade que a União Europeia nos quer obrigar, do que em ajudar a maioria das pessoas a resistirem a esta crise.
O estado de guerra na Europa transformou-se – com as sanções cegas que não param o massacre e a escalada dos combates na Ucrânia – numa guerra às pessoas que trabalham. Dando ainda mais dinheiro aos ricos, enquanto baixam, cada vez mais, os salários reais dos trabalhadores.
Em muitos dos bairros, as autoridades atacam e fecham os pequenos comércios que servem as comunidades, apreendendo as mercadorias e pondo em causa a sustentabilidade dos bairros e a manutenção da economia local. Há uma guerra contra as populações mais pobres que tem de parar.
Para inverter esta situação, as pessoas têm de ter o poder de exigir um caminho mais justo que distribua igualmente os custos desta crise. Não pode ser sempre o povo a pagar tudo, enquanto os mais ricos conseguem ainda ficar mais ricos.
É preciso dar poder às pessoas para conseguirem ter uma vida digna. Exigimos um programa de crise que defenda quem trabalha: os preços da energia e dos produtos alimentares essenciais devem ser tabelados; os juros dos empréstimos das casas congelados, impedir as rendas especulativas das casas, os despejos proibidos; deve haver um aumento geral dos salários acima da inflação; medidas para apoiar os comércios, pequenas empresas e os postos de trabalho locais e valorizar económica e socialmente os trabalhos mais invisíveis como o de quem trabalha na limpeza.
Em tempo de crise, a política tem de proteger mais as pessoas.
Gente preocupada dos bairros, militantes de várias causas e movimentos sociais querem dar passos para construir uma rede e multiplicar acções que dêem mais poder às pessoas e que consigam impor políticas que defendam as populações e quem trabalha.
Por tudo isso, todos os que subscrevem este manifesto da Vida justa (moradores dos bairros, pessoas dos movimentos sociais e outros cidadãos) convocam uma manifestação, em Lisboa, no dia 25 de Fevereiro, e várias concentrações locais, para defesa dos nossos bairros e da dignidade de vida dos que trabalham e que criam a riqueza do país.
No dia 25 de Fevereiro, estaremos na rua para exigir ao governo que nos ouça e que cumpra estas medidas mínimas que propomos para que a crise seja combatida com justiça.
Ao abrigo do artigo dezasseis dos nossos estatutos, convocam-se todo/as o/as sócioas e colectivos parceiros da associação GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental para uma Assembleia Geral Ordinária a realizar no domingo, dia onze de dezembro de dois mil e vinte e dois, pelas dez horas, na Quinta Maravilha em Palmela, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto um – Apresentação e votação do Relatório de Contas de dois mil e vinte e um.
Ponto dois – Apresentação e votação dos Relatórios de Actividades de dois mil e vinte e dois, dos dois núcleos.
Ponto três – Discussão das prioridades, parcerias e actividades para dois mil e vinte e dois.
Ponto quatro– Apresentação e votação do Plano de Actividades para dois mil e vinte e três.
Ponto cico– Outros assuntos.
Embora não obrigatória estatutariamente, agradece-se para facilitar a organização da Assembleia Geral a confirmação de presença para o email gaia@gaia.org.pt
Não estando presente à hora marcada o número mínimo de sócios para iniciar a deliberação, a Assembleia Geral reunirá meia hora depois, em segunda convocatória, com os sócios presentes.
Lisboa, vinte e seisde Novembro de dois mil e vinte e dois
Thanks to Erasmus+ we were able to join forces with the Ulex Project in Spain and offer development opportunities to many of our educators to learn best practices for active citizenship education during 2021 and 2022.
Sinan Eden who is working on climate change shares his reflections about “What would progress look like for the climate justice movement?” , after attending the ” Ecology of Social Movements” course as part of our Erasmus+ project “Accessing Active Citizenship Education for Sustainability”.
Clara Santiago and Joana Soeiro, who are working on climate change, share their learnings about Transformative Collaboration, after attending that course as part of our Erasmus+ project “Accessing Active Citizenship Education for Sustainability”.
No último ano desenvolvemos um projecto de Erasmus+ com o Projecto “Accessing Active Citizenship Education for Sustainability” no âmbito de educação para adultos. Agora podes ter um vislumbre do que se aprendeu nestes cursos com o recente manual “climate justice resilience”. Esta é uma ferramenta disponível a todas as pessoas, em particular educadoras e facilitadoras que queiram aprender novas técnicas!
O projecto trAEce chegou ao fim dos seus 3 anos de implementação. O GAIA participou sobretudo como mobilizador de conhecimentos sobre a dimensão política da agroecologia e sobre práticas agroecológicas em climas quentes e secos. O projecto criou materiais didácticos disponíveis em
que servirão sobretudo as necessidades das organizações da Europa Central participantes no projeto, estando disponíveis, para além da versão em inglês, nas línguas dos seus países.
Para Portugal, estes materiais poderão servir de base ao desenvolvimento de uma formação em agroecologia, a partir da sua tradução e adaptação à realidade portuguesa, algo não previsto durante o decurso do projecto. Entendemos que uma adaptação deverá ser realizada com o envolvimento de organizações que se mobilizam em Portugal pela agricultura familiar, soberania alimentar, agricultura de proximidade, assim como pela economia social e solidária, pela dieta mediterrânica, pelo desenvolvimento rural e também pela formação de adultos, educação-acção e educação permanente.
A participação do GAIA nesta iniciativa potenciou uma grande reflexão sobre: “O que é a Agroecologia?” “Como é que as pessoas agricultoras aprendem?” “Como se organiza o espaço da formação formal para a aprendizagem de um tema sistémico, complexo e específico ao contexto?”
Percebemos que dentro do consórcio trAEce, a posição da organização, fosse enquanto ONG pela justiça ecológica, fosse enquanto instituição académica, e dependendo da existência ou não de ligações à realidade sul-americana ou africana, influenciava o seu entendimento da Agroecologia. Se para o segundo tipo de organização a Agroecologia deve tratar fundamentalmente de “ecologizar” as práticas agrícolas e reverter os impactos ambientais da agricultura industrial, para os primeiros, ela tem o potencial de ser garante do direito a uma alimentação nutricionalmente e culturalmente adequada das populações no seu caminho até à soberania alimentar.
Foi também com este projecto que aprofundamos a nossa discussão sobre a educação agroecológica e levantámos questões às quais gostaríamos de responder, desta vez com parceiros-chave em Portugal. Entre as muitas questões que ficaram em aberto, salientamos:
Como facilitar aprendizagens sobre temas sistémicos interdisciplinares complexos com uma estrutura de formação convencionalmente compartimentada (em disciplinas, em módulos temáticos, em números fixos de horas, em salas)?
É possível organizar uma formação formal focada no treino das competências, na resolução de problemas concretos e no contexto específico, incorporando visitas de campo, mentoria e comunidades de prática?
Como credenciar um novo curso no Catálogo Nacional de Qualificações de forma a que possa ser financiado pelo Estado?
Como influenciar o Estado a desenvolver um sistema público de extensão agrícola / apoio técnico para facilitar a transição agroecológica?
O GAIA encontra-se agora a definir os próximos passos no seu caminho de co-facilitatação das transições necessárias rumo à transformação de uma sociedade sã e justa, considerando os seres humanos e não-humanos.
Caso queiras conhecer mais ou te queiras envolver nesta próxima fase contacta gaia@gaia.org.pt
No âmbito da iniciativa Diagnóstico Rural Participativo de Odemira temos o prazer de convidar participantes, residentes e amigos/as do agroterritório de Odemira para o encerramento do projecto com apresentação dos resultados do diagnóstico e reflexão dinâmica sobre os possíveis futuros agroalimentares da região.
A sessão dedicada à agricultura em Odemira conta ainda com os testemunhos de pequenos/ pequenas agricultores/ as e é seguida de almoço.
O programa terá lugar no espaço de aprendizagem regenerativa CO.RE em S. Luís com o seguinte horário:
10h – recepção das pessoas
10h30-11h – Testemunhos da pequena agricultura
11h-11h30 – Devolução dos resultados do Diagnóstico Rural Participativo de Odemira 2022
11h30-11h45 – pausa
11h45-13h –Oficina de co-construção do futuro agro-alimentar de Odemira
Estão também convidades para participar no programa da tarde: Caminhada pelas águas de S. Luís com Sérgio e Carmen Maraschin.