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Conclusão do projecto Erasmus+trAEce – formação profissional em agroecologia para agricultores

O projecto trAEce chegou ao fim dos seus 3 anos de implementação. O GAIA participou sobretudo como mobilizador de conhecimentos sobre a dimensão política da agroecologia e sobre práticas agroecológicas em climas quentes e secos. O projecto criou materiais didácticos disponíveis em https://traece.eu/documents/ que servirão sobretudo as necessidades das organizações da Europa Central participantes no projeto, estando disponíveis, para além da versão em inglês, nas línguas dos seus países.

Para Portugal, estes materiais poderão servir de base ao desenvolvimento de uma formação em agroecologia, a partir da sua tradução e adaptação à realidade portuguesa, algo não previsto durante o decurso do projecto. Entendemos que uma adaptação deverá ser realizada com o envolvimento de organizações que se mobilizam em Portugal pela agricultura familiar, soberania alimentar, agricultura de proximidade, assim como pela economia social e solidária, pela dieta mediterrânica, pelo desenvolvimento rural e também pela formação de adultos, educação-acção e educação permanente.

A participação do GAIA nesta iniciativa potenciou uma grande reflexão sobre: “O que é a Agroecologia?” “Como é que as pessoas agricultoras aprendem?” “Como se organiza o espaço da formação formal para a aprendizagem de um tema sistémico, complexo e específico ao contexto?”

Percebemos que dentro do consórcio trAEce, a posição da organização, fosse enquanto ONG pela justiça ecológica, fosse enquanto instituição académica, e dependendo da existência ou não de ligações à realidade sul-americana ou africana, influenciava o seu entendimento da Agroecologia. Se para o segundo tipo de organização a Agroecologia deve tratar fundamentalmente de “ecologizar” as práticas agrícolas e reverter os impactos ambientais da agricultura industrial, para os primeiros, ela tem o potencial de ser garante do direito a uma alimentação nutricionalmente e culturalmente adequada das populações no seu caminho até à soberania alimentar.

Foi também com este projecto que aprofundamos a nossa discussão sobre a educação agroecológica e levantámos questões às quais gostaríamos de responder, desta vez com parceiros-chave em Portugal. Entre as muitas questões que ficaram em aberto, salientamos:

  • Como facilitar aprendizagens sobre temas sistémicos interdisciplinares complexos com uma estrutura de formação convencionalmente compartimentada (em disciplinas, em módulos temáticos, em números fixos de horas, em salas)?
  • É possível organizar uma formação formal focada no treino das competências, na resolução de problemas concretos e no contexto específico, incorporando visitas de campo, mentoria e comunidades de prática?
  • Como credenciar um novo curso no Catálogo Nacional de Qualificações de forma a que possa ser financiado pelo Estado? 
  • Como influenciar o Estado a desenvolver um sistema público de extensão agrícola / apoio técnico para facilitar a transição agroecológica?

O GAIA encontra-se agora a definir os próximos passos no seu caminho de co-facilitatação das transições necessárias rumo à transformação de uma sociedade sã e justa, considerando os seres humanos e não-humanos.

Caso queiras conhecer mais ou te queiras envolver nesta próxima fase contacta gaia@gaia.org.pt 

“Que Território é este?” Encontro para uma caracterização do meio rural de Odemira.

18 de Junho, espaço C.A.R.M.E.N.

Ribeira da Azenha, CP 668, 7645-065, Vila Nova de Milfontes

Esta oficina no âmbito do Diagnóstico Rural Participativo de Odemira é promovido pela associação GAIA com apoio de investigadoras do ICS-ULisboa e destinado a pessoas residentes / activas no território, com destaque para produtores agrícolas e alimentares, representantes do governo local, cooperativas e associações. Tem como finalidade responder às seguintes perguntas:

  • Como evoluiu a paisagem e a presença humana da pré-história até hoje?
  • Como se pode caracterizar a agricultura em Odemira?
  • Quais são os principais desafios para a agricultura em Odemira?
  • O que causa e quais as consequências dos principais problemas encontrados?

Programa

9h00-10h00 > Recepção dos/as convidados/as (mesa permanente de refrescos)

10h00 – 10h20 > Boas-vindas

10h20-12h05 > A paisagem e a presença humana no território de Odemira: desenho colectivo de uma evolução

12h15-13h15 > Conversas à mesa: a agricultura que se faz em Odemira

13h15-14h30 > Almoço oferecido no local

14h30-15h25 > Qual é o problema? A escuta dos desafios da produção agrícola em Odemira

15h35-16h30 > A árvore dos problemas: escavar as raízes e olhar os frutos

16h30-17h00 > Plenário final e fecho

Para mais informações contacte lanka@gaia.org.pt ou miguel@gaia.org.pt

Treino de Formação de Formadores em Agroecologia 25-29 Outubro 2021

Na semana de 25 a 29 de Outubro, o GAIA acolheu em Palmela a equipa internacional da iniciativa  ERASMUS +   trAEce https://www.traece.eu/ , projecto que visa  o desenho de um curso de formação profissional em Agroecologia para agricultores. 

Este projecto [2019-2022] é financiado pela Comissão Europeia e pretende facilitar a transição agroecológica indispensável perante as alterações climáticas, a perda de solo, água e da agro-biodiversidade; a concentração de poder, o despovoamento do interior e a pobreza rural; a obesidade ou outras doenças de origem alimentar, a fome e as dietas com base em ultra-processados.

Agroecologia não é só fazer agricultura segundo princípios ecológicos para regenerar os ecossistemas. É sobretudo um modelo de produção e distribuição alimentares com base em relações de justiça e dignidade, numa ruptura com o modelo industrial agro-alimentar e com o sistema económico capitalista que o suporta e vende produtos ao consumidor a baixo preço. 

Durante esta semana docentes e investigadoras universitárias, agricultoras,  formadores e educadores de adultos do trAEce juntaram-se em Portugal a convite da associação GAIA, parceira portuguesa do projecto, numa formação interna para testar as metodologias planeadas para o curso e conhecer casos de boas práticas. 

O programa incluiu sessões de experimentação das técnicas pedagógicas a usar, bem como visitas a locais relevantes para abordar os 6 temas deste curso de iniciação à Agroecologia.

  1. As consequências sociais, económicas e ecológicas do actual modelo agro-industrial bem como os princípios que caracterizam a agroecologia.
  2. As ferramentas que auxiliam a um redesenho das unidades de produção agrícola segundo as éticas e os princípios da Permacultura.
  3. As características de um modelo de negócio sustentável e como o construir.
  4. As práticas agrícolas ecológicas, como as hortas para mercado na pequena agricultura (market gardening), a agrofloresta (sintrópica) e a gestão programada da pecuária integrada nas paisagens em grandes propriedades (maneio holístico).
  5. O marketing e a criação de produtos de valor acrescentado para aumento dos rendimentos.
  6. A integração das unidades de produção nos territórios sociais onde se localizam.

Os membros do grupo, provenientes de países da Europa Central como Hungria, República Checa, Roménia e Áustria observaram,  numa visita ao território de Palmela nos primeiros dias, o contraste entre a monocultura da vinha e os solos nus como no deserto, a agrofloresta de sucessão e a captação das águas torrenciais na FINCA EQUILIBRIUM ou a inserção do centro de educação regenerativa BIOVILLA no parque natural da Arrábida. Já a visita do dia seguinte mostrou o exemplo de uma horta altamente produtiva usando princípios regenerativos, com a visita à Horta da Garça, bem como a organização Cooperativa Quinta dos 7 Nomes, em Sintra. 

Os últimos dias passados no MONTE MIMO, em Alvalade do Sado e Herdade do FREIXO DO MEIO, em Montemor-o-Novo, mostraram a Agroecologia numa versão mais completa. Não só consideram a dimensão das práticas agrícolas para a produção alimentar, baseadas no estudo das relações entre os vários elementos do ecossistema, criando um sistema produtivo de horta para mercado dentro de um sistema regenerativo de agrofloresta, em pequena escala no MONTE MIMO e em grande escala no FREIXO DO MEIO, como a dimensão económica pelo uso do modelo de organização do negócio em AMAP/CSA – comunidades que sustentam a agricultura, promovendo a solidariedade entre quem oferece e quem procura o alimento. E consideram também a dimensão social pelo modo como se integram nos territórios onde se situam e contribuem para o bem-estar das populações e o equilíbrio das paisagens, para além dos limites da sua propriedade.

Surgiram discussões evidenciando a complexidade do tema e a necessidade de uma visão sistémica sobre a alimentação. Debateu-se se seriam exemplos de agroecologia a regeneração de solos com base em insumos importados e os circuitos de comercialização longos de produtos dos povos em resistência ao modo de produção capitalista. Ou se ainda temos tempo para a sustentabilidade e se um modelo de negócio regenerativo tem uma linguagem acessível para um uso autónomo pelo agricultor pouco escolarizado. E se o modelo AMAP/CSA é realmente rentável a médio prazo ou se está acessível às famílias com trabalhos precários de baixo rendimento e sem tempo disponível para a partilha das responsabilidades da produção / distribuição / captação de membros.

O Curso de Introdução à Agroecologia para Agricultores encontra-se na fase final da sua elaboração. Irá ser testado na Hungria com empresários agrícolas da agricultura convencional que já decidiram que querem mudar as suas práticas. Os resultados da experiência com estes participantes irá informar a versão final do plano de curso. No caso de interesse em participar numa edição ou de apoiar a organização deste curso em Portugal a partir de Setembro de 2022, envie manifestação de interesse para gaia@gaia.org.pt .

Primavera Agroecológica promove o debate para a transição agroecológica em Portugal de 21 de Março a 1 de Maio de 2021

Nota de Imprensa – Lisboa, São Luís, 15 de Março

Os Encontros por uma Primavera Agroecológica (PrimaverAE 2021) é uma acção conjunta de várias organizações e indivíduos que se propõem criar um espaço de encontro e diálogo entre praticantes, activistas, investigadores e entusiastas da agroecologia em Portugal, promovendo uma série de eventos de 21 de Março a 1 de Maio de 2021.

O objectivo da PrimaverAE é estimular o pensamento crítico sobre os caminhos para a transição Agroecológica em Portugal, dar visibilidade aos bons exemplos práticos, compreender os seus desafios principais e apoiar o fortalecimento de redes de solidariedade entre apoiantes desta causa. Pretendemos criar um espaço de encontro e reflexão sobre as dimensões práticas, éticas, científicas, económicas, sociais, políticas e culturais da transição Agroecológica em Portugal. 

Nestes encontros proporcionam-se diversas tipologias de eventos incluindo tertúlias, debates, projecções de documentários, oficinas virtuais, bem como visitas guiadas a projectos agroecológicos, demonstrações de metodologias e ainda momentos de música, conversa e convívio online de Norte a Sul do país.

Para marcar a abertura da PrimaverAE 2021, o GAIA promove no dia 21 de Março um debate  — Agroecologia em Portugal: Perspectivas, desafios e caminhos — contando com um painel de convidados/as reflectindo diferentes perspectivas da agroecologia (ex. institucional, de produtores, camponeses, investigadores e activistas) para compreender melhor os principais desafios e potenciais caminhos para a transição agroecológica em Portugal.

Todas as Sextas-feiras da PrimaverAE, dinamizaremos os eventos Café com Cheirinho, onde se abrirá espaço a conversas informais, música e projecções de documentários sobre variados temas. Teremos ainda no dia 8 de Abril um webinar sobre Como Criar (não uma mas) Cinco AMAPs, com a rede REGENERAR; no dia 19 de Abril um debate online Em que Ponto Estamos? organizado pela rede ACTUAR; e no dia 24 de Abril uma visita guiada ao Centro de Agroecologia de Mértola com roda de conversa, projecção de documentário e ainda uma sopa agroecológica; entre muitos outros eventos fresquinhos!

Com os melhores cumprimentos, 

A Coordenação PrimaverAE 2021,

Miguel Encarnação

Joana Canelas

Lanka Horstink 

Rita Alegria

Para mais informações: sementeslivres@gaia.org.pt

O programa da PrimaverAE 2021 está disponível na integra AQUI.

Inscrições na PrimaverAE 2021 são feitas através deste formulário.

Para mais informações sobre a PrimaverAE 2021 podem consultar website AQUI e seguir-nos na nossa página Facebook

O que é a agroecologia?

Para o GAIA, a agroecologia representa um conjunto de propostas concretas para enfrentar e mitigar a atual crise ecológica, social e económica que atravessamos, sendo não apenas um meio para fortalecer uma agricultura ecológica de proximidade mas também um modo de estimular o desenvolvimento rural dos territórios e determinar a segurança e soberania alimentar dos povos. O movimento agroecológico busca reestabelecer um equilíbrio social, cultural e económico nos sistemas alimentares, apoiando a autonomia e vivência digna das populações rurais e consagrando o seu direito de acesso à terra, às sementes e de influência sobre as políticas públicas que definem os modos de produção e de acesso ao alimento.

Mais informações sobre agroecologia, AQUI.

O GAIA — Quem somos?

O GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental) foi fundado em 1996 e actua a nível tanto nacional como regional, com núcleos em Lisboa, Porto e Alentejo. Enquanto associação, o GAIA procura, por meio de suas actividades e projectos, a contínua partilha de conhecimentos e construção de alternativas para um mundo ecologicamente sustentável e socialmente justo. Neste sentido, promove a sensibilização e debate crítico sobre questões sociais, económicas e políticas ligadas aos actuais desafios ambientais. 

Mais informações sobre o GAIA, AQUI.

Projecto trAEce 

O projecto europeu trAEce (Agroecological Vocational Training for Farmers) pretende criar uma formação profissional para agricultores que lhes permita implementarem práticas agroecológicas, promovendo o conceito de agroecologia simultaneamente como disciplina e prática. Este trabalho é realizado em colaboração com investigadores, formadores e agricultores de cinco países europeus (Hungria, Roménia, Áustria, República Checa e Portugal), procurando compreender a visão de agricultores sobre este tema e identificar os diferentes discursos políticos, políticas ambientais, actores no terreno e redes de contacto relevantes.

Mais informações sobre o projecto trAEce, AQUI.

Ver relatório de análise da situação da agroecologia em Portugal, AQUI.

projecto trAEce: levantamento da situação da agroecologia em portugal

No âmbito do projecto com financiamento Erasmus+ trAEce, que visa disponibilizar ferramentas a agricultores e formadores que os ajudem a adaptar as suas práticas agrícolas aos princípios agroecológicos, disponibilizamos agora o levantamento de dados que representa o primeiro passo na caracterização da agroecologia em Portugal. O levantamento foi também levado a cabo nos países parceiros: Hungria, Roménia, Áustria e República Checa. Com base no levantamento exploratório, que incluía para além de uma investigação documental, a condução de entrevistas com pessoas (em particular agricultores mas também alguns formadores), colectivos e redes em Portugal que estão de alguma forma activ@s na prática, promoção e/ou discussão de princípios agroecológicos ou similares, foi feita uma análise das existências e necessidades (in)formativas nos cinco países parceiros. O relatório completo está apenas disponível em inglês, enquanto o levantamento documental foi também publicado em português.

Consideramos que este levantamento é apenas um pequeno ponto de partida para esboçarmos o cenário e rumo da agroecologia em Portugal, em particular a agroecologia crítica. O GAIA está empenhado em fortalecer os laços com todas as pessoas, colectivos e redes activas na área para junt@s traçarmos um futuro agroecológico criado a partir das bases.

Nos próximos dois anos, as equipas do trAEce vão desenvolver o curso vocacional em agroecologia para agricultores ao mesmo tempo que continuam a avaliar colaborativamente o potencial bem como as necessidades do movimento em torno da agroecologia crítica.

VISITA ÀS PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS DO MONTE DO SEIXO REÚNE PARCEIROS-CHAVE DE CASTRO VERDE E MÉRTOLA

No dia 9 de Junho último realizou-se uma visita técnica ao Monte do Seixo, em Castro Verde, que incidiu sobre as boas práticas de agricultura sustentável ali praticadas. 

A convite do GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, os proprietários Jacinto e Marta conduziram um grupo de representantes da Câmara Municipal de Castro Verde e de Mértola, da Associação de Produtores do Campo Branco, da Liga de Protecção da Natureza e da ESDIME.
A visita focou-se na descrição do impacto das valas de retenção da água das chuvas escavadas à curva de nível, realizadas há 8 anos no terreno e na apresentação de uma prática de pastoreio rotativo. A construção das valas envolveu apenas uma charrua comum, equipamento acessível a qualquer produtor. Esta solução simples segue o mesmo princípio da técnica de Keyline, que já exige um arado especializado de grande custo.

No final da visita realizou-se uma breve reunião onde as entidades presentes reconheceram o valor das práticas observadas e manifestaram o seu interesse em procurar formas de colaboração para a replicação das mesmas. Ficou em vista a organização de uma visita de estudo desta vez dirigida a produtores da região bem como uma próxima reunião para estruturar acções concretas.

Esta visita aconteceu no âmbito do  trAEce – Formação Vocacional em Agroecologia para Agricultores –www.traece.eu – um projecto ERASMUS + de Educação e Formação financiado pela União Europeia, do qual o GAIA faz parte, com duração até 2022. Este projecto é liderado por uma organização da Hungria, integra duas universidades, um produtor agroecológico e uma organização de capacitação agrícola, todos na Europa Central e que procuraram um parceiro na península ibérica. Estes países sofrem hoje com verões quentes e secos com os quais os produtores agrícolas não têm experiência. Nos últimos 15 anos o GAIA construiu uma rede de actores e pioneiros na agroecologia em Portugal, tendo sido essa experiência o motivo da sua escolha para integrar este projecto.

O Monte do Seixo foi identificado como um exemplo de práticas agroecológicas num levantamento inicial feito em Portugal. A fase seguinte do projecto consiste na construção do currículo da acção de formação até Junho de 2021. 

Domingos da Sementeca: Curso “Semeia” de 1 de Março a 17 de Maio

Na Sementeca do GAIA, vamos iniciar um curso em DVD (sim, em DVD!) para aprender a produzir as nossas próprias sementes agroecológicas.

A associação BioDiVerso, em parceria com a Longo Maï e o Fórum Cívico Europeu, produziu o conjunto de DVDs SEMEIA! que iremos projectar ao longo de 12 sessões, todos os Domingos, no GAIA em Alfama, de 1 de Março até 17 de Maio, entre as 16 e as 18 horas.

 
“Este conjunto de vídeos sobre produção de sementes, é de uma certa forma como um curso intensivo, muito detalhado (dividido em 40 módulos), sobre a produção de semente e a biodiversidade alimentar.
Ensina de maneira poética, técnica, detalhada e sensível como produzir a maioria das nossas hortaliças da semente até a semente!
São mais de 7 horas de vídeos, onde cada módulo por espécie é dividido em 4 subtítulos (classificação botânica e diversidade, polinização, ciclo de cultivo, extração limpeza e secagem das sementes).”

Programação do curso (sujeito a alterações combinadas com *s participantes)

1 Março: Introdução: Classificação botânica, selecção de planta, semente e polinização (37m)

8 Março: Introdução: técnicas de isolamento, polinização manual das cucurbitáceas, extração, limpeza e secagem das sementes (33m)

15 Março: Produção de sementes por hortaliça: fava, ervilha, cebola e alho francês (42 m)

22 Março: Couves I: repolho, coração, couve flor e brócolo (42 m)

29 Março: Couves II: rábano, de bruxelas e manteiga (36 m)

5 Abril: Couves III e mais além: Nabo, rabanete e canónigos (33 m)

12 Abril: Folhas Flores Raízes I: Cenoura, Aipo, Funcho, Erva Doce (39 m)

19 Abril: Folhas Flores Raízes II: Pastinaca, Alface, Chicória, Cardo e Alcachofra (48 m)

26 Abril: Folhas Flores Raízes III: Girassol, Beterraba, Acelga e Espinafre (35 m)

3 Maio: As “3” irmãs: Milho, abóbora, courgette e feijão (39 m)

10 Maio: Horta de Verão I: Pepino, melão e melancia (28 m)

17 Maio: Horta de Verão II: Tomate, beringela, pimenta e pimentão (31 m)

No final deste curso saberemos como se guardam sementes de 32 hortaliças diferentes.

A participação neste curso é inteiramente livre. Para sabermos se contamos contigo, a inscrição pode ser feita através do email sementeca.alfama@gmail.com

Nos dias do curso também poderás vir requisitar ou trocar sementes na nossa biblioteca.

Sejam bem-vind*s!

Lançamento do projecto trAEce – Projecto de formação vocacional em agroecologia para agricultores

Entre 2019 e 2022, ao abrigo de um projecto Erasmus+ KA2 com seis outros parceiros em quatro outros países, o GAIA estará a fazer um levantamento do estado da arte da agroecologia em Portugal e a falar com as principais pessoas e entidades interessadas com o fim de construir um curso de conversão para a agroecologia para agricultores.

Estão planeadas diversas actividades para envolver não só os agricultores como também o público interessado ao longo do projecto.

A descrição do projecto segue abaixo.

Até já!

trAEce – Projecto de formação vocacional em agroecologia para agricultores 

O objectivo do projecto trAEce é o de disponibilizar ferramentas a agricultores e formadores que os ajudem a adaptar as suas práticas agrícolas aos princípios agroecológicos. É uma iniciativa inovadora que visa promover o conceito da agroecologia como sendo simultaneamente disciplina e prática, aproveitando a experiência e perícia de seis instituições de referência em cinco países europeus (Hungria, Roménia, Áustria, República Checa e Portugal).

Os parceiros do projecto farão uma análise de situação nos seus respectivos países, que contribuirá para uma visão mais completa do nível de conhecimento e da opinião dos agricultores relativamente a actividades baseadas em agroecologia. Servirá igualmente para identificar, em cada um dos países, os discursos políticos, regulamentos, actores, práticas, redes de contacto, etc.

Sobre esta análise de base será desenvolvido um curso vocacional em agroecologia. A formação, composta por seis módulos, abordará tópicos que apoiam os agricultores no desenho e/ou transformação das suas explorações em conformidade com princípios agroecológicos, procurando tanto a sustentabilidade ambiental como a social, sem descurar a necessidade de manter rentável a actividade agrícola. Do currículo constarão materiais pedagógicos tais como os manuais do utilizador e vídeos curtos direcionados ao público-alvo. Para os formadores/agricultores líderes de opinião, e no sentido de garantir a continuidade da iniciativa, está prevista a criação de um guia metodológico.

Os módulos do curso serão testados em sete formações piloto para agricultores e formadores. Várias ferramentas de comunicação bem como quatro sessões ‘focus group’ irão assegurar um feedback sistemático ao longo do projecto, sobre a relevância e aplicabilidade dos resultados obtidos às circunstâncias locais de cada país/região. A pretendida diversidade dos participantes nos outros eventos previstos (um total de cinco, incluindo a conferência final), apoiará a disseminação e replicação dos resultados a nível nacional e internacional e constituirá uma oportunidade adicional para a recolha de feedback.

Em suma, o propósito do nosso projecto é o de oferecer ferramentas a agricultores e formadores que os permitam implementar práticas agroecológicas, incluindo a sua dimensão social, e de disseminar este conhecimento e experiência por uma comunidade mais ampla de agricultores europeus.

Este projecto é apoiado pela União Europeia, através do programa Erasmus+ KA2, com o financiamento nº2019-1-HU01-KA202-060895