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11 DE ABRIL: JANTAR POPULAR PARA ENTERRAR DE VEZ O FURO E TIRAR AS PETROLÍFERAS DO MAR!

Em preparação e apoio à Manifestação do dia 14 de Abril no Largo de Camões, convidamos todis xs cépticos do furo e das petrolíferas a unirem-se num Jantar Popular na próxima Quarta-feira, 11 de Abril no espaço do GAIA em Alfama!

Paira sobre nós a ameaça de furos de petróleo em Portugal, legitimados à força por governos locais e nacional em conluio com as empresas petrolíferas e em flagrante desrespeito pela vontade das populações locais, recorrendo a sucessivos adiamentos, avaliações de impacto ambiental opacas e renegociações à porta fechada. Ao mesmo tempo que temos mais capacidade instalada para produzir energias limpas, o estado português parece que não quer dar o passo definitivo para frente e está a cair para trás. Basta de protelar e de desinformar, basta de tentar manter viva uma indústria obsoleta, basta de furos e de todas as energias poluídoras!

No dia 14 de Abril, vamos à rua para fazer ouvir as vozes que se tentam abafar e enterrar de vez os furos!

Para o Jantar Popular do dia 11, convidámos um membro do colectivo Climáximo para vir explicar tudo o que há a saber sobre o polémico furo ao largo de Aljezur enquanto juntos criamos uma faixa para levar à manif.

>> 18h – ajudar

>> 20h – comer

>> 21h – conversar sobre furos e petróleo e pintar uma faixa colaborativa

O que é o Jantar Popular?

  • Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
  • Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
  • Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
  • Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
  • Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
  • Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
  • Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.

JANTAR POPULAR, 28 DE MARÇO: TEJO—RIO PERDIDO OU RIO VIVO?

Na próxima 4ª feira, dia 28 de Março vamos receber representantes do Movimento Pró-Tejo, entre eles o Arlindo Marques, que está a ser processado pela empresa Celtejo, à qual ele atribuiu publicamente responsabilidade por focos de poluição no rio Tejo. O Arlindo e companheiros “guardiões do Tejo” vão nos falar do que se passa no maior rio da Península Ibérica, que atravessa todo o nosso país e desagua às portas da nossa capital.

Tejo: rio perdido ou rio vivo?

Uma grande reportagem da RTP em 2015 chama-lhe “o rio perdido”. A equipa da RTP viajou desde a nascente do rio Tejo na serra de Albarracin em Espanha até à sua foz em Lisboa e tirou esta triste conclusão sobre o maior rio da Península Ibérica. Ao longo dos 1007 kms da extensão do rio Tejo somam-se os crimes ambientais que estão a ser cometidos, dia após dia, sem que as autoridades portuguesas dêem nem um pio. Os atentados à saúde do rio (e à nossa) começam a poucos quilómetros da sua nascente, quando as águas do Tejo são utilizadas para arrefecer o reactor da central nuclear de Trillo. E esta não é a única central nuclear a servir-se das águas do rio. A polémica central de Almaraz, cujo tempo de vida tecnicamente terminou em 2010, continua a refrigerar o seu reactor com as águas do Tejo a escassos 100 km da fronteira com Portugal. Antes de chegar aqui, o Tejo sofre muitas outras pressões, sendo travado por 58 barragens e reservatórios e suportando ainda a poluição da região de Madrid. Aliás, muito antes de chegar a Almaraz, o rio já parece praticamente morto, com bolhas de metano a rebentar, indicador de matéria orgânica excessiva e em putrefacção.

Uma das principais reivindicações das plataformas e movimentos que nasceram para reclamar um Tejo vivo é do estabelecimento de um chamado “caudal mínimo ecológico”. Perante as pressões que o rio sofre em Espanha, e sabendo que só num dos transvases (o polémico Tejo-Segura) 80% das águas do rio são desviadas para os campos agrícolas da Andaluzia, este caudal mínimo ecológico não existe e o governo português é conivente neste desrespeito total pelo maior rio do país.

Já em Portugal o Tejo não é muito mais bem tratado… As descargas ilegais na zona de Vila Velha de Rodão e na Ribeira do Açafal criam focos de poluição e mortandade de peixes. As indústrias de papel foram repetidamente sinalizadas pela própria Agência do Ambiente como contribuinte significativa para as ocorrências de poluição no rio Tejo, mas nos últimos anos, apesar dos muitos protestos, ainda nada mudou.

Qual vai ser a nossa aposta? Rio perdido ou rio vivo? Vem debater com os activistas do Tejo!

>>> Site e FB do movimento Pró-Tejo

PRÉMIO GUARDA-RIOS 2018

Divulga o Prémio Guarda-Rios 2018, pela campanha Rios Livres do  Geota !

Sejam muito bem-vindos/as à primeira edição do PRÉMIO GUARDA-RIOS.

Entre o Dia Internacional da Ação pelos Rios e Contra as Barragens (14 de março) e o Dia Mundial da Terra (22 de abril), contamos contigo para eleger a quem atribuir um prémio de boas práticas (Guarda-Rios) e outro de más práticas (Guarda-Rios de Luto), àqueles/as que afectam o presente e o futuro dos rios em Portugal.

Participa, ajuda-nos a proteger os rios e começa connosco uma tradição anual!

Até 31 de março, estão abertas as nomeações

(ver no site)

A partir de 2 abril, abrirão as votações online, com base nos nomeados/as do público.

Além do prémio do público, o GEOTA também premiará uma pessoa ou entidade em cada uma das categorias.

Dia 22 de Abril, revelamos os/as vencedores/as: as escolhas do público e as escolhas do GEOTA.

Piratas modernos e comunidades no mar

Veleiros colectivos encontram-se em Lisboa para rumar a sul

O Albarquel, retirado da água num estaleiro da Moita, vê um buraco aberto à martelada na proa. O Carina, tão perto de chegar a Lisboa, não pode senão aguentar ao largo que a tempestade amaine. O Tupamaro, sem cartas marítimas, encalha sucessivamente nos fundos lodosos da margem sul.

As aventuras de três singulares veleiros cruzaram-se em dezembro na foz do Tejo, e Lisboa voltou a ter traços de cidade pirata. Dia 22, solstício de inverno, as três tripulações juntaram-se no GAIA em Lisboa, onde se falou de projectos de vela alternativos.

“Velejar… um hobby de luxo para os privilegiados?”, questionava o convite para o jantar-conversa ‘Piratas modernos e comunidades no mar’. “Cada vez mais projectos e pessoas têm descoberto na vida no mar uma alternativa à sociedade consumista e uma experiência de autonomia e liberdade. Recuperam-se veleiros moribundos, içam-se velas, parte-se sem pressa, derrubam-se fronteiras, experimentam-se formas de vida comunitária e em harmonia com a natureza.”

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