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3º Encontro da Sementeca do GAIA: preparar a recolha de sementes

No Sábado, dia 24 de Junho, reunirmo-nos-emos para mais um Encontro da Sementeca do GAIA em Alfama. Desta vez, para além do já habitual convívio e empréstimo de sementes, vamos aprender a preservar as sementes das nossas plantas de verão com os Círculos de Sementes.

A Frederica e a Pepa lançaram a rede de Círculos de Sementes após o apelo da activista pela soberania alimentar e da semente, Dr. Vandana Shiva, em 2012. Desde então não têm tido mãos a medir, aliás, todas as suas mãos vão para a terra! Têm ensinado as técnicas milenares de preservar sementes de cultivo para além da prática de horticultura biológica e preceitos agro-ecológicos. No dia 24 de Junho partilham connosco a sua rica experiência entre as 14 e as 18 horas.

Cá vos esperamos!

Comunicado imprensa: Líder Guarani-Kaiowá visita Portugal para denunciar genocídio dos povos indígenas no Brasil

Comunicado de imprensa
Líder Guarani-Kaiowá visita Portugal para denunciar genocídio dos povos indígenas no Brasil

Lisboa, 31 de Maio de 2017—O Cacique Ládio Veron vai estar durante os próximos dias 3 a 8 de Junho em Portugal, para denunciar o genocídio, etnocídio e perseguição por parte do Estado brasileiro e buscar apoio à luta dos povos Kaiowá e Guarani pelos seus direitos e pelas suas terras.

O líder indígena marcará presença em eventos no Porto (Dia Mundial do Ambiente), na Assembleia da República, na Universidade de Coimbra e em diferentes associações, testemunhando o drama que vivem os índios Guarani-Kaiowá e outros povos do país—desprezados pela classe política, atacados pela polícia militar e assassinados pelos grandes latifundiários.

No estado do Mato Grosso do Sul, enquanto o agro-negócio soma lucros, as tribos indígenas sobrevivem em pequenos terrenos cercadas por monoculturas de soja, milho e açúcar. Lutam pelo direito a uma pequena parte das suas terras (cerca de 9 mil hectares, 2% do estado), de onde foram expulsas a partir de 1492. O território foi reservado na constituição brasileira, mas de seguida invadido e ameaçado pelos fazendeiros, com apoio dos militares. Esta é a região brasileira com maiores índices de violência contra os povos indígenas—nos últimos 15 anos já terão sido assassinados 400 índios.

“Aquilo que os europeus comem está misturado com o sangue dos índios. Os europeus devem saber como estão a destruir as nossas florestas, a poluir a nossa água e como nos assassinam. É a nossa sobrevivência que está em jogo”, denuncia Ládio Veron.

Segundo os organizadores da viagem, o Brasil vive hoje um momento histórico que pode ser considerado um dos piores das últimas décadas. Desde o golpe da elite brasileira em conluio com multinacionais e a tomada do poder por Michel Temer, ficou impossível qualquer diálogo com o Estado brasileiro, mais neoliberal e capitalista do que em qualquer época. O objectivo da viagem é de dinamizar uma rede europeia de solidariedade.

Ládio Veron repete assim a viagem que o seu pai, Cacique Marco Veron, fez à Europa em 2001—antes de ser assassinado pelos fazendeiros em frente à própria família. A visita a Portugal marca o fim dum périplo de esperança que percorreu doze países europeus, encontrando representantes políticos e dos movimentos sociais. A viagem é organizada pela iniciativa cidadã “Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus” e tem o apoio de associações e ONGs de toda a Europa.

Agenda do Cacique Ládio Verón em Portugal:
>> 3 de junho, 18h30 conversa na Fábrica das Alternativas em Algés https://www.facebook.com/events/377334659334768/
>> 5 de junho, Dia Mundial do Ambiente, espaço PAN Porto, apresentação e debate  “O agronegócio e a resistência dos povos indígenas” https://www.facebook.com/events/1873949326177325/
>> 6 de junho, 15h00, seminário “Aonde nos leva tanta violência? Lutas e Resistências dos Povos Indígenas das Américas: Guarani Kaiowa e outras experiências”, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra http://www.ces.uc.pt/pt/agenda-noticias/agenda-de-eventos/2017/aonde-nos-leva-tanta-violencia/apresentacao
>> 7 de junho, recepções na Assembleia da República pelo deputado do PAN André Silva 11h00 e pelo deputado do Bloco de Esquerda José Manuel Pureza 14h00
>> 7 de junho, 20h00, Jantar Popular, apresentação e debate no GAIA em Lisboa https://gaia.org.pt/2017/05/26/jantar-popular-lutas-dos-povos-indigenas/
>> 8 de junho – recepção pela Comissão do Ambiente na Assembleia da República

Mais informação:
https://www.facebook.com/Cacique.Ladio.Veron.Portugal/
https://www.facebook.com/viagemladioveron/

Contactos
António Pedro Dores (CIES/ISCTE-IUL), EM antonio.dores@iscte.pt, TM 933 615 537
GAIA-Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, EM lisboa@gaia.org.pt

6 de MAIO – Horta com H grande (e Luta com L!) O 2º encontro da Sementeca no GAIA

Sábado 6 de Maio temos Horta com H grande (e Luta com L) no espaço do GAIA em Alfama*!

O segundo encontro da Sementeca vai assinalar a nossa solidariedade com a luta dxs camaradas em São Tomé e Príncipe contra a introdução de milho híbrido e/ou transgénico, um cultivo não nativo das ilhas, cujo processo decorre sem consulta popular ou testes prévios. Ao mesmo tempo vamos também aproveitar o tempo mais quente que se faz sentir e falar sobre a Horta de Verão.

Temos milho, feijão e abóbora – as 3 irmãs! para emprestar na Sementeca e entretanto a Rede de Sementes Crioulas do estado Oeste de S. Paulo (Brasil) trouxe mais variedade à Sementeca. Receberemos ainda camaradas do recém-criado Movimento Pró-Ambiente São Tomé e Príncipe que vão contar sua história e gostariam de aprender com a nossa experiência de luta contra monoculturas destrutivas do ambiente e do tecido social e económico. Vem conhecer isso tudo!

 

Programa:

A partir das 11h cozinhamos as favas que assinalam esta época, tragam as vossas para juntarmos à festa! Vamos ter também panquecas de batata, e outros petiscos da Polónia com a Catarina. Aceitamos voluntariis.

A partir das 13h estará pronto o almoço popular! Para este almoço aceitamos o teu donativo possível.

Entre as 14h30 e 16h00 vamos trabalhar em oficinas paralelas auto-organizadas sobre a horta de verão, sobre a problemática dos transgénicos e híbridos, e ainda técnicas agro-ecológicas de cultivo. Se calhar conseguimos em conjunto criar um cartaz dos cultivos de Maio!

Mesa 1: Origamis – fazer pacotes de sementes e blocos da sementeca.

Mesa 2: Horta de Verão: o que semear e o que colher; rega, truques e dicas;

Mesa 3: Composição de cartaz sobre as 3 irmãs (abóbora; feijão; milho) e de fichas sobre as variedades de milho, feijão e abóbora da sementeca.

Mesa 4: Ponto de informação sobre Transgénicos e a luta pelas Sementes Livres.

Entre 16h00 e 16h30 partilharemos a informação gerada nas várias mesas.

Pelas 17h00 retomamos o plenário e daremos atenção ao caso de São Tomé e Príncipe para ajudar xs camaradas a criar uma estratégia de luta. Vejam mais sobre o que se passa aqui e aqui. Uma camarada entrou em greve de fome há sete dias e precisa do nosso apoio!

Durante todo o dia haverá oportunidade para empréstimo e troca de sementes, e claro o convívio e a música não faltarão. E estamos sempre abertis aos vossos contributos e contentes com a ajuda que possam dar!

Até já na Sementeca!

Vê aqui o relato do 1º encontro

* Rua da Regueira 40, Alfama, Lisboa

Relato da Festa da Primavera / Abertura da Sementeca

No dia 1 de Abril, ao sabor de petiscos e doçarias caseiros e ainda sopa da estação, ao som de uma jam session espontânea, e com a animação alegre de voluntariis do teatro, celebrámos a Primavera e a abertura da Sementeca no GAIA Lisboa.  Leonor, dinamizadora da Sementeca, explicou a ideia por detrás das sementecas—são como bibliotecas mas de sementes, a ideia é emprestar sementes e conhecimentos a quem quiser / precisar, na esperança de que quando tiverem reproduzido estas sementes, venham trazer algumas de volta, e apresentou a proposta de funcionamento da sementeca do GAIA. De forma interactiva com o público presente, esta proposta levou refinamentos e foram discutidas multiplas ideias de dinamização da Sementeca.

Para nosso espanto, uma das animadoras de teatro revelou-se também uma conhecedora da preservação de sementes e acabou por dar uma “aula” improvisada aos muitos interessadis!

Ficou também marcada a data do 2º encontro: 6 de Maio. Os encontros pretendem-se regulares e cada um terá sempre um tema associado e convidadis para partilhar experiências e conhecimentos. Para dia 6 de Maio, o tema será a Horta de Verão.

Algumas imagens do 1º encontro da Sementeca:

 

 

 

Sexta-feira 21 de Abril: Jantar Popular de apoio à marcha pela ciência

O que caracteriza a ciência hoje? Que influência exerce nas sociedades? E o que a influencia retroactivamente? Quem são os seus agentes? Uma comunidade que é normalmente silenciosa vai fazer escutar a sua voz, na marcha de dia 22 de Abril. No GAIA, um dia antes, vamos acolher alguns participantes e interessadis na marcha num debate sobre os problemas da ciência e da comunidade científica, abrindo o mesmo aos das relações de trabalho, questões do método, da verdade e da natureza.

Jantamos às 20h e iniciamos a conversa pelas 21h. Se queres vir ajudar a cozinhar e preparar o espaço, aparece pelas 18h!

“Men of Science living in 1807-8”. John Gilbert engraved by George Zobel and William Walker; print,1862

Num mundo e numa sociedade exponencialmente complexificados, no qual sistemas naturais e humanos dão sinal de degradação, o discurso científico ainda tenta afirmar-se e legitimar-se como fonte de conhecimento, por entre teias e pressões, capaz de servir de meio para a emancipação das lutas humanistas.

Às questões internas relativas à unidade da ciência—as suas metodologias, problemas de aplicação técnica—vão adicionar-se os problemas decorrentes das guerras de conhecimento, da dependência de financiamento público ou privado, ou da influência na decisão política das instituições.

Quais são os desafios que a actividade científica tem hoje, e quais são as suas prospectivas? Deverá o discurso científico ter a primazia ou a supremacia sobre os outros discursos concorrentes que se dedicam ao conhecimento e à realização humana? Como defender o estatuto da ciência num mundo em ebulição? Não sucumbirá aos estímulos financeiros das empresas multinacionais que destroem a natureza e as comunidades indígenas? Como poderá contribuir a ciência para os desafios de construir uma sociedade mais justa e equilibrada? O debate estará aberto em torno destas questões, num esforço de não se reduzir a elas, nem reduzir o problema.

** Mais sobre a marcha pela ciência do dia 22 de Abril

O que é o Jantar Popular?
– Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
– Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
– Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
– Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
– Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
– Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
– Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.

Em Abril, lutas mil: Jantar Popular sobre as lutas camponesas e indígenas pela vida e pelos territórios

Assina aqui a petição para que seja adoptada uma Declaração da ONU sobre os Direitos dos Camponeses

Na segunda-feira 17 de Abril, dia internacional das lutas camponesas, convidamos simpatizantes e interessadis a participarem num Jantar Popular no espaço do GAIA, na Rua da Regueira 40, em Alfama, Lisboa. Depois do jantar será projectado o filme “Berta Vive” (30″), seguido de discussão com a participação das iniciativas Oficina de Ecologia e Sociedade, Marcha Mundial das Mulheres, NOEs, GAIA e Campanha pelas Sementes Livres.

Em 17 de Abril de 1966, 19 trabalhadores rurais sem terra foram assassinados pela polícia militar brasileira em Eldorados do Carajás, no estado do Pará. Morreram na luta pela reforma agrária e pela justa distribuição da terra.

Em Março de  2016, Berta Cáceres, mulher, indígena, lutadora hondurenha, co-fundadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas das Honduras (COPINH) foi assassinada, na sequência da sua luta contra projectos extractivistas transnacionais privados em território Lenca, projectos esses apoiados pelo governo hondurenho.

A criminalização dos protestos, as perseguições e a violência sobre camponeses, trabalhadores rurais, indígenas e activistas ambientais é uma realidade diária, especialmente em territórios vulneráveis e cobiçados pelo agronegócio na agricultura, pelos tratados de livre comércio e pelo modelo neoliberal, patriarcal, colonialista de usurpação de terras, exploração de recursos e destruição de territórios e comunidades.

Por tudo isso, aderimos a este Dia Internacional das Lutas Camponesas, 17 de Abril.

Para lembrar, denunciar, questionar e lutar juntis pela justiça ambiental e social!

Programa
18h: Preparação do Jantar. Quem quiser ajudar é bem-vindi!
20h: Jantar.
21h: Projecção do documentário “Berta Vive” (30”) + Debate com a participação de Oficina de Ecologia e Sociedade, Marcha Mundial das Mulheres, NOEs, GAIA e Campanha pelas Sementes Livres.

Traz sementes naturais para a troca e/ou oferta à Sementeca da Campanha pelas Sementes Livres!

O que é o Jantar Popular?
– Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
– Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
– Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
– Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
– Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
– Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
– Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.

Festa de Abertura da Sementeca

Está convidad@ para uma celebração sementeira onde se juntam @s idealistas que acreditam que devem existir mais bibliotecas que lojas de livros, mais sementecas em vez de pacotes vendidos, gente que caminha tendo a utopia no horizonte, que luta por um mundo em que as sementes sejam livres, sejam vistas como bem comum e não propriedade privada ou patenteada, gente que acredita que as sementes são para serem germinadas, plantadas, colhidas, trocadas, vividas, amadas e partilhadas!

Aparece Sábado, dia 1 de Abril,  para a abertura da Sementeca da Campanha pelas Sementes Livres, no espaço do GAIA, Rua da Regueira 40, em Alfama.

Se tens sementes que queres doar à Sementeca ou trocar, trá-las contigo neste dia! Se te apetece vir ajudar, aparece, o espaço abre por volta das 11h30.

Programa da tarde:
15h – Apresentação da Sementeca da Campanha pelas Sementes Livres.
16h – Mini-assembleia prática: Como funcionará a Sementeca das Sementes Livres?
17h –  Como recolher e guardar algumas sementes? Exemplos, perguntas e respostas. Com Drica e Pepa da rede Círculos de Sementes!
18h – Partilhamos a abundância: trocas e empréstimo de sementes.
19h – Sopa da Liberdade!

Haverá criatividade e petiscos ao longo do dia!

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A seguir, às 20h30, também em Alfama, na Sociedade Boa União* há filme e debate:
Turismo e habitação em Alfama: projeção e debate, com a população de Alfama, a APPA e Left Hand Rotation.

*Beco das Cruzes, 1100-190 Lisboa.

Somos muit@s, estamos juntos,
em abril, lutas mil!

Assembleias quinzenais do GAIA Lisboa

A assembleia aberta quinzenal do grupo do GAIA Lisboa serve para coordenar as actividades no espaço em Alfama, na Rua da Regueira 40, e para gerir e manter o espaço como local de convívio, de disseminação de informação ecologista e socio-política, de exemplo de auto-gestão e D-I-Y, de inter-aprendizagem e debate, e.o.

Quem estiver interessadi em participar na dinamização do espaço e dos temas ligados à ecologia e justiça, está convidadi para aparecer nestas assembleias. Também quem tiver uma proposta para coordenar uma actividade no espaço ou para uma parceria, estará bem-vindi.

As assembleias normalmente têm lugar às quartas-feiras e começam às 18 horas.

Se houver alguma alteração, avisamos aqui e/ou na página FB! Em caso de dúvida, contacta-nos  em lisboa@gaia.org.pt

Esta Sexta-feira, 10 de Março, Jantar Popular “Revival Tribunal Monsanto” no GAIA

JANTAR POPULAR NO GAIA: “REVIVAL TRIBUNAL MONSANTO!”
Sexta-Feira dia 10 de Março, Rua da Regueira 40, Alfama, Lisboa – 20h

Foi nos dias 14, 15 e 16 de Outubro de 2016 que cinco juízes internacionalmente reconhecidos, 24 testemunhos dos quatro cantos do mundo, para além de dezenas de investigadores jurídicos sob liderança do Professor Dr. Olivier de Schutter (ex-Rapporteur da ONU para o Direito à Comida), aceitaram o desafio de recolher provas sobre as actividades da empresa transnacional agro-química Monsanto, e de analisar as leis nacionais, internacionais e respectiva jurisprudência existente, com o fim de poder emitir uma opinião jurídica sobre o tipo de crimes de que este tipo de empresas pode ser acusada—contra a humanidade, a saúde pública e/ou contra a natureza—e sobre a possibilidade de poder finalmente processá-las por estes crimes.

Para assistir ao Tribunal Monsanto e à Assembleia dos Povos que teve lugar em paralelo, 750 pessoas representando 30 nacionalidades aterraram em Haia, Holanda. Tiveram o privilégio de em poucos dias ficar a conhecer algumas das personalidades mais conhecidas da luta contra a agricultura industrial e a impunidade das corporações transnacionais como Percy Schmeiser, Vandana Shiva, Valérie Cabanes, Nnimmo Bassey e Ronnie Cummins. Juntos, os participantes fortaleceram seus conhecimentos sobre os desafios que enfrentamos na defesa de uma alimentação saudável e justa, e esboçaram novas estratégias—nacionais, regionais e globais—para enfrentar o paradigma da ganância e da indiferença na agricultura.

O GAIA, em conjunto com a Campanha pelas Sementes Livres, propõe revivermos estes dias intensos, de descobertas boas e más sobre o que se passa no nosso mundo, mas sobretudo da reafirmação da nossa capacidade de vencermos os desafios unindo-nos, sabendo que somos mais tanto em número como em valor humano, e que teremos a última palavra. Estarão presentes algumas pessoas que integraram a comitiva portuguesa em Haia.

Se este nosso convite não vos convenceu, vejam o convite apaixonado da Vandana Shiva, embaixadora da Assembleia dos Povos.

Aparece para jantar connosco e ver, ouvir, e conversar o que foi o Tribunal Monsanto / Assembleia dos Povos, e para saber quais serão os próximos passos a dar!

Jantamos às 20 horas e iniciamos as apresentações e conversas mais ou menos pelas 21 horas. Se queres ajudar a preparar a comida e o espaço, aparece a partir das 18 horas!

Para quem quer aprofundar:
A carta aberta da Vandana Shiva para “iniciar os trabalhos”.
Discursos de abertura e fecho de Tribunal Monsanto proper.
Fotos e videos dos dias do Tribunal e Assembleia.
Quando é que o veredito final ficará disponível.

O que é o Jantar Popular?
– Um Jantar comunitário vegano, biológico e LIVRE DE OGMs que se realiza no GAIA, Rua da Regueira, n 40, em Alfama.
– Uma iniciativa inteiramente auto-gerida por voluntários.
– Um jantar em que podes colaborar e aprender a cozinhar vegano! Para cozinhar e montar a sala basta aparecer a partir das 18h. Jantar “servido” a partir das 20h.
– Um projecto autónomo e auto-sustentável. As receitas do Jantar Popular representam o fundo de maneio do GAIA que mantém assim a sua autonomia.
– Um jantar onde ninguém fica sem comer por não ter moedas e onde quem ajuda não paga. O preço nunca é mais de 3 pirolitos.
– Um exemplo de consumo responsável, com ingredientes que respeitam o ambiente, a economia local e os animais.
– Uma oportunidade para criar redes, trocar conhecimentos e pensar criticamente.

A equipa do documentário internacional Seed Act sobre guardiões e defensores de sementes esteve presente em Haia! Mais aqui